Extratores de fumos, uma revisão da normativa vigente

Os extratores de fumos são uma verdadeira necessidade para a salubridade dos ambientes industriais e também em casa. Embora nas nossas casas tenhamos sistemas como as exaustores de cozinha, em áreas de trabalho e, sobretudo, em fábricas e oficinas, é necessário ter sistemas que enviem a fumaça para fora dos espaços fechados.

Por se tratar de poluentes para o exterior e simultaneamente de substâncias prejudiciais à saúde, existe uma normativa vigente sobre extração de fumaça. Deve determinar-se o tipo de atividade comercial ou industrial para confirmar se é obrigatório instalar um sistema de extratores de fumos. Nos casos em que seja necessário, um sistema de extração garantirá a qualidade do ar no interior. Na normativa relativa à eliminação deste poluente, deve-se classificar a qualidade do ar de extração quando se mistura com fumaça, no local onde seja requerido. Desde uma cozinha industrial em um restaurante até uma fábrica que opere processos químicos, requerem diferentes soluções para a extração de fumaça.

Em Portugal, a normativa vigente de extração de locais de serviço determina que deva ser de um mínimo de 2 dm3/s por m2 de superfície em planta. Sobretudo, nos espaços que são considerados como ar de extração com nível de poluição muito alto. Tecnicamente, a categoria na normativa é AE 4, e são consideradas nesta tipologia as zonas de estacionamento fechadas, os locais para fumadores, as cozinhas de restaurantes com alto volume ou os centros químicos, entre outros.

Ventilação mecânica em extratores de fumos

Em ambientes industriais e comerciais, os extratores de fumos que realmente oferecem soluções são os que fazem uso da ventilação mecânica. A normativa vigente sobre extração de fumaça por ventilação mecânica que rege o uso desses sistemas é a UNE-EN 1366-1:2016 de Aenor. Nela se determina que:

• Os sistemas de ventilação e extratores de fumos devem ser resistentes ao fogo em conformidade com critérios de Integridade, Isolamento e Tempo especificado em minutos.
• Estabelece-se que os sistemas de extração de fumaça devem suportar uma resistência ao fogo de uma hora. No caso da ventilação, a resistência deve ser idêntica à do elemento de compartimentação que atravessa o ar contaminado de fumaça.
• Esses sistemas devem poder continuar funcionando em caso de incêndio e evacuando o ar contaminado que provém dos gases de combustão.
• Os sistemas industriais devem ser o mais fechados possível para que expulsem menos fumaça para o exterior. Assim, os extratores de fumaça precisarão eliminar menos ar contaminado.
• Existe também uma norma do Regulamento 305/2011 do Parlamento Europeu, que obriga todos os sistemas de ventilação para a extração de fumaça a que reúnam as condições necessárias para obter o distintivo CE.

Por outro lado, ao mesmo tempo, a instalação de extração de fumos deve ser encerrada o máximo possível para que a quantidade de ar contaminado a ser aspirado seja menor. Também se utilizarão as próprias forças de inércia para facilitar a captação dos fumos.

Para tudo isso, é imprescindível que o funcionamento dos extratores de fumos e os sistemas de ventilação mecânica sejam colocados a partir de um estudo das condições do local de trabalho que otimize os sistemas de ventilação.