Extratores de ventilação: normativa e higienização
superadmin
January 25, 2017
A normativa vigente espanhola incide nos componentes iniciais dos sistemas de ventilação, ou seja, nos extratores, e o faz tanto do ponto de vista da sua localização nos edifícios como do ponto de vista dos espaços a que estes servem. Os extratores de casa de banho, cozinhas e toilettes (espaços húmidos) são um elemento chave no sistema de ventilação das habitações, uma vez que são os responsáveis por extrair o ar viciado do seu interior comunicando o local com o exterior (de forma direta ou através de um conduto de extração).
De acordo com o CTE DB HS 3 Qualidade do ar, o ar deve circular dos locais secos para os húmidos, graças à disposição de aberturas de admissão (que comunicam o espaço com o exterior nos comedores, quartos e salas de estar), e de aberturas de extração (nas toilettes, cozinhas e casas de banho). As divisórias que separam esses espaços devem ter aberturas de passagem que permitam a circulação do ar.
Normativas que influenciam os extratores, em termos de higienização
As normas UNE que devem ser seguidas para realizar a higienização dos extratores são a Norma UNE 100012:2005 sobre Higienização de sistemas de climatização e a Norma UNE 171330-2:2014 sobre Qualidade ambiental em interiores.
Exigências em relação à limpeza
- Deve realizar-se uma limpeza de todo o sistema que entre em contacto com o ar exterior. Isso afeta desde as grelhas de ar exterior até aos elementos interiores (grelhas, difusores ou bocais).
- É importante que sejam realizados registos de forma a que possam ser feitas as limpezas obrigatórias que indicadas pelo RITE.
- É obrigatório realizar uma amostragem microbiológica (coleta de amostras para análise em laboratório).
- No que respeita aos produtos químicos utilizados para a higienização, devem ser solicitadas as fichas de segurança química.
Frequências de avaliação ou revisão
A normativa recomenda umas frequências mínimas de avaliação de acordo com a utilização do edifício. Caso se necessite aumentar essas frequências, devem ser tidas em conta as condições ambientais, a atividade que ocorre no interior dos locais e as condições mecânicas e humanas (do edifício e do seu entorno).
Frequências mínimas de avaliação:
- Edifícios industriais: 1 ano tanto para as UTA (unidade de tratamento de ar) como para as redes de condutos.
- Edifícios residenciais: 1 ano para as UTA e 2 anos para as redes de condutos.
- Edifícios de escritório: 1 ano para as UTA e 1 ano para as redes de condutos.
- Edifícios comerciais: 1 ano para as UTA e 2 anos para as redes de condutos.
- Edifícios hospitalares: 6 meses para as UTA e 1 ano para as redes de condutos.
- Restaurantes, cafetarias, bares, etc.: 1 ano tanto para as UTA como para as redes de condutos.
Os extratores no mercado
Elaborados em poliestireno, são compostos por um corpo, um obturador central regulável e uma grelha central obturável que permite diferentes regulações de caudal. São elementos que se montam de forma simples (em tetos ou sobre paramentos verticais) diretamente a um conduto ou associados a um manguito ou adaptador.
Existem no mercado bocas de extração higrorreguláveis que asseguram um caudal variado de acordo com a humidade relativa ambiental do espaço e um caudal complementar de temporizador (30 minutos) controlado através de detecção de presença (controlo elétrico 3 × 1.5 V). A alimentação é realizada com pilhas tipo LR6 ou através de controlo elétrico (12V).
Este tipo de extratores fazem parte das ventilações mecânicas higrorreguláveis. Trata-se de um sistema concebido para a extração individual do ar viciado e a renovação do ar das habitações em função dos níveis de higrometria detectados (sistema higrorregulável) ou com caudais constantes (sistema autorregulável). O seu funcionamento baseia-se no princípio de varredura do ar dentro das habitações e é totalmente independente entre elas, oferecendo um excelente equilíbrio entre garantia de qualidade do ar interior e autonomia de consumo segundo ocupação e uso.
Siber Ventilação
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