Como são os edifícios sustentáveis? Conceito de edifício verde
superadmin
March 2, 2017
O denominado Síndrome do Edifício Doente (SEE), são uma série de sintomas que aparecem em determinadas pessoas após permanecer várias horas em um espaço fechado. Costumam consistir em irritação nos olhos, nariz ou garganta, dor de cabeça, erupções cutâneas e problemas respiratórios. Considera-se que um edifício está "doente" quando essa síndrome chega a afetar 20% dos seus ocupantes. Frente à construção desse tipo de edificações que podem gerar problemas para a saúde, surgiram recentemente os conceitos de edifícios verdes e de edifícios sustentáveis.
O edifício verde define-se como uma construção que utiliza materiais naturais e rejeita o uso de substâncias tóxicas na fabricação dos materiais construtivos, tanto se são nocivos para o meio ambiente como se o são para a saúde. Em um edifício verde reduz-se notavelmente o consumo energético em relação a outro que não o é. Os edifícios sustentáveis, por sua vez, estão dotados de um design que permite optimizar os recursos naturais e os sistemas construtivos para minimizar o seu impacto ambiental. São edifícios que são construídos com materiais fabricados com critérios de eficiência energética. Ao entrar em funcionamento, o seu consumo energético para aquecimento, refrigeração, iluminação e outros recursos é muito reduzido, uma vez que se cobre a demanda com energias renováveis.
O benefício que representa a construção de edifícios verdes vai além do processo de edificação. Durante a sua utilização, reduz-se notavelmente o percentual de usuários afetados pelo SEE, ao mesmo tempo que aumenta a função cognitiva dos seus ocupantes, ou seja, a sua capacidade de pensar e planejar com clareza. Segundo estudos realizados recentemente, as pessoas que trabalham neste tipo de edifícios podem descansar melhor durante a noite e aumentar com isso o seu rendimento laboral durante o dia.
Edifícios sustentáveis. Por que se produz o Síndrome do Edifício Doente?
O Síndrome do Edifício Doente é de recente aparição: o homem moderno passa cerca de 80% do seu tempo em espaços fechados, o que trouxe consigo um aumento das doenças alérgicas e pulmonares. Também aumentou a transmissão de doenças infecciosas. Com a crise do petróleo do ano 1973, todos os países industrializados desenvolveram normativas para controlar o consumo energético, especialmente o de aquecimento e refrigeração. Aumentou-se a capacidade isolante de muros e coberturas e melhoraram-se os fechos de portas e janelas para evitar perdas de calor. Apareceram em definitiva os edifícios herméticos, dotados de sistemas mecânicos de ventilação, o que acelerou a chegada dos problemas de saúde mencionados anteriormente. Antigamente considerava-se que apenas o ser humano, com a expulsão de dióxido de carbono através da respiração e do odor corporal, era o causador do deterioro da qualidade do ar. Atualmente sabe-se que os componentes orgânicos que se desprendem de móveis, tintas, vernizes, combustíveis, detergentes e materiais empregados na limpeza do lar, também contribuem para contaminar o ar interior.
Um grupo importante de elementos contaminantes são os que contêm os materiais de construção, entre os quais se destaca o formaldeído dos aglomerantes empregados em revestimentos e carpintarias de madeira. Também o é o radão, que resulta especialmente perigoso. Trata-se de um gás de origem natural que costuma aparecer em porões e que está relacionado com a aparição de alguns tipos de câncer. O contêm alguns materiais como o granito, a pedra-pomes, e as rochas de fosfatos. Outras substâncias que devem ser evitadas ao escolher os materiais de construção são os compostos orgânicos voláteis (COV), presentes em alguns tipos de tintas, tapetes e mobiliário.
Siber Ventilação
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