Reabilitação energética para as cidades do futuro
superadmin
September 6, 2018
Quantos edifícios podemos dizer que cumprem com as normas para serem energeticamente eficientes? O que hoje em dia é uma necessidade muito importante nas nossas cidades. Pois, segundo dados da Aliança Europeia de Empresas pela Eficácia Energética em Edifícios (EuroACE), apenas 16% de todas as construções no nosso país cumprem com isso. O resto dos imóveis espanhóis, 84%, consomem mais energia do que deveriam. É por isso que, pouco a pouco, se está falando com mais força da reabilitação energética. Um passo em frente para melhorar a vida nas nossas casas e cidades, além de conseguir uma maior poupança.
Na busca da eficiência energética nas cidades deve-se ter em conta que os edifícios consomem cerca de 50% da energia que diariamente se necessita nas grandes urbes, pelo que são também um dos maiores focos de emissões. E esse é um dos motivos pelo qual, a partir de 2020, todas as construções a serem realizadas em Espanha serão de Edificação de Consumo Quase Nulo. Tudo parte da diretiva europeia que obrigará que toda obra nova, seja pública ou privada, terá que utilizar fontes de energia alternativas, sistemas de ventilação mecânica, instalar mecanismos de estanqueidade para evitar a fuga do calor no inverno ou materiais de construção alternativos.
No entanto, o que fazemos com os 84% de habitações atuais no nosso país que continuam a ser deficientes energeticamente? A solução passa pela reabilitação energética, um fenómeno que não só atrai os proprietários, mas sim os governos. É mais, desde a administração está a priorizar para que as habitações que ponham em marcha uma reforma para melhorar o seu consumo em energia possam aceder a diversas subvenções.
O que implica uma reforma na casa ou no escritório baseada na reabilitação energética? Neste caso, a renovação do imóvel centra-se sobretudo em lograr que o consumo energético diminua notavelmente, até um ponto semelhante ao dos Edifícios de Consumo Quase Nulo. Afinal, para que uma obra possa ser considerada de reabilitação energética de maneira certificada deve seguir o acordado na Diretiva 2010/31/UE da União Europeia para a Eficácia Energética em Edifícios.
Básicamente, baseia-se nos seguintes pontos:
- Deve-se minimizar ao máximo o uso dos aparelhos de ar condicionado e de ventilação. Sendo os que mais consumo efetuam, é primordial que toda a obra se baseie nisso.
- Serão instaladas medidas que parem o calor e o frio, como pode ser a instalação de fachadas e coberturas ventiladas.
- Instalam-se persianas flutuantes ou tendais para parar os efeitos do vento no inverno e do sol no verão.
- Os materiais das janelas podem ser substituídos por outros feitos com PVC.
- Os materiais de construção devem fomentar a estanqueidade para que o frio e o calor não penetrem no lar.
- É necessário instalar um sistema de ventilação mecânica, uma vez que com isso dependemos menos das soluções de climatização.
- Os frigoríficos e as máquinas de lavar devem ser de máxima eficiência energética. Igual que a iluminação deve ser com tecnologia LED.
Poupança e subvenções na reabilitação energética
A chave da reabilitação energética está em que se beneficiam diferentes atores. Primeiro de tudo, as cidades estão menos contaminadas, pelo que a saúde das pessoas melhora e os efeitos da mudança climática são menores. Depois, o gasto em energia é muito menor, pelo que a longo prazo pode ser uma boa ideia investir nesta tecnologia.Devido a que reduzir a contaminação nas cidades é uma das máximas na Europa, já se estão levando a cabo muitos planos de subvenções para aqueles que realizem uma reabilitação energética. Por exemplo, em Barcelona oferecem 14 milhões em ajudas para este fim. Essas ajudas podem chegar a supor até 50% da reforma, e se além disso se instalam placas solares, os beneficiários podem obter descontos no recibo do IBI durante três anos. Em Barcelona, apenas os edifícios que têm mais de 60 anos -antes das reformas na normativa em aspectos térmicos- representam 28% do consumo energético da cidade.
Visto que a reabilitação energética é parte importante do futuro da construção em reformas, também se concedem ajudas para a formação neste campo. Por exemplo, o Serviço Valenciano de Emprego criou um curso específico para isso, uma vez que considera que as oportunidades de trabalho em reformas sustentáveis são interessantes para o futuro.
Em qualquer caso, é importante popularizar a reabilitação energética, uma vez que a diminuição da contaminação das cidades depende disso. A nova diretiva europeia considera que esta prática é imprescindível, juntamente com outras como a criação de um indicador de inteligência para os edifícios, a aposta por sistemas de ventilação mecânica ou o fomento do transporte sustentável mediante a criação de lugares de estacionamento para veículos elétricos.
Siber Ventilação
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