Futuro das cidades: edifícios ecológicos e eficiência energética
superadmin
June 15, 2018
Se nos perguntássemos como será o futuro das cidades, o que poderíamos dizer? Mais além das fantasias da ficção científica, dos carros que não têm rodas, o que poderíamos quase garantir é que as cidades do futuro serão muito mais eficientes e verdes. Serão ecociudades. E é no Ocidente, sobretudo na Europa, onde será mais fácil ver estes avanços.
O quase imediato auge das ecociudades - que já começa a ser visto no mundo - responde em boa parte aos requisitos das novas normativas em sustentabilidade. Tanto edifícios como lugares públicos têm de se adaptar para emitirem menos poluentes do ar e serem energeticamente eficientes.
Essa é a base das ecociudades ou futuro das cidades: fazer com que o impacto ambiental seja o mínimo. Seja graças ao menor consumo das pessoas e das cargas de trabalho no seu entorno, como pelo avanço tecnológico que garante um maior rendimento com um consumo inferior. Com isso, pode-se avançar no desenvolvimento econômico sem ter que hipotecar o futuro das próximas gerações.
A União Europeia é um dos organismos internacionais que mais se tem voltado para o futuro das cidades como urbes muito mais sustentáveis, respeitosas com o meio ambiente e que atuem como economizadores de energia.
Por exemplo, uma mostra do futuro que já chega é o projeto europeu CITYnvest, posto em marcha em 2015 e que acaba este ano. Trata-se de um plano piloto para testar as capacidades dos governos locais de colocar em marcha uma modernização dos edifícios públicos para a economia energética. Esta primeira prova realiza-se nas cidades de Liège na Bélgica, Ródope na Bulgária e também na Espanha, na região de Múrcia. O financiamento parte da União Europeia com 180.000 euros.
Outro grande acordo em matéria de políticas verdes que vem da União Europeia é o Pacto dos Alcaldes, outra iniciativa para fazer frente à luta contra as mudanças climáticas em que participam mais de 6.500 municípios de toda a Europa. Qual é o seu objetivo? Reduzir em 20% o consumo de energia nas localidades, mais 20% a emissão de gases com efeito de estufa e, por último, aumentar em 20% a produção de energias renováveis.
Todo isso nos avisa que o futuro das cidades passa por minimizar a contaminação e racionalizar o uso energético. Como se propõe que sejam os edifícios públicos nas próximas décadas e que requisitos terão que cumprir?
- Deverão utilizar sistemas de renovação do ar ecológicos para climatizar os edifícios, como a aerotermia e a geotermia, além de produzir energia por meio de fontes renováveis, como a solar ou a eólica.
- As bombas de calor também deverão ser mais habituais em lugar dos sistemas tradicionais de aquecimento.
- Os sistemas de ventilação mecânica deverão se tornar um padrão para a renovação do ar.
- O uso de sondas e medidores da qualidade do ar deverá se tornar algo habitual.
- Os edifícios terão que ser muito mais isolantes para evitar perdas de calor.
Edifícios 'verdes' no futuro das cidades

A nível privado, as obrigatoriedades para desenvolver cidades muito mais sustentáveis passam pelas casas sustentáveis. Para isso, existem opções com selos de certificação de edifícios ecológicos, como são BREEAM ou as casas passivas de Passivhaus.
Em geral, os edifícios cumprem os seguintes requisitos:
- Seu design arquitetônico baseia-se na economia de energia.
- Reduzir o consumo energético deve ser uma máxima.
- Usam fontes de energia renováveis, como a solar ou a aerotermia.
- Devem produzir o mínimo de resíduos.
- Seu manutenção deve ser mínima.
Um passo importante no futuro das cidades é a Edificação de Consumo Quase Nulo, que em 2020 obrigará todas as construções na Espanha a uma série de medidas focadas em eliminar o consumo energético ao máximo, mediante o uso de sistemas de ventilação, fontes energéticas alternativas e métodos de construção específicos.
Siber Ventilação
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