Condutos de ventilação: normativa e características

De seguida, fazemos uma aproximação à normativa vigente em relação aos condutos do seu sistema de ventilação. De acordo com o CTE DB HS 3, Qualidade do ar interior, a secção será uniforme e não apresentará obstáculos. Estancos ao ar, devem ter um acabamento que proteja contra a sujidade e ser praticáveis, para possibilitar o seu registo e limpeza nas suas extremidades. Para impossibilitar a aparição de condensações, irão estar isolados termicamente.

Tanto para ventilação híbrida como para ventilação mecânica, se o conduto atravessar elementos separadores de setores de incêndio, há que ter em conta o que está estabelecido no apartado 3 da secção SI1 do CTE DB SI, Segurança em caso de incêndio: “A resistência ao fogo requerida aos elementos de compartimentação de incêndios deve ser mantida nos pontos em que tais elementos são atravessados por elementos das instalações, tais como cabos, tubagens, condutas, condutos de ventilação, etc., excluindo as penetrações cuja secção de passagem não exceda 50 cm².”

No caso de a ventilação ser híbrida, os condutos de extração devem dispor de um ventilador híbrido na sua extremidade superior, na direção da extração do ar. Os condutos coletivos podem servir, no máximo, a seis andares. Além disso, os dos dois últimos devem ser individuais.

Se temos uma ventilação mecânica, cada um dos condutos de extração deve dispor de um aspirador mecânico na sua extremidade (exceto o conduto da ventilação da cozinha). Permite-se que vários condutos partilhem o mesmo aspirador (à exceção dos condutos dos parques de estacionamento).

Tipos de condutos e características técnicas

Existem no mercado vários tipos de condutos:

• De material isolante (polietileno expandido)
• De metal (aço galvanizado)
• Termoplásticos

Os condutos e acessórios de polietileno expandido são utilizados para os sistemas de distribuição de ar em ventilação nos casos em que seja necessário para reduzir as perdas térmicas ou evitar as condensações nos condutos. Devem ser escolhidos aqueles condutos e acessórios isolados que sejam fáceis de instalar e de simples manutenção.

Fabricados em EPE (Polietileno expandido), deve-se procurar instalar aqueles que tenham as seguintes características técnicas:

• Um coeficiente de transmissão por superfície de 0,041 W/m.k (EN 12667)
• Uma resistência térmica (R) de 0,56 m2 k/w
• Um intervalo de temperatura mínimo de -30ºC e máximo de + 60ºC
• Classificação ao fogo Classe B1 (DIN 4102)
• Estanquidade ao ar Classe C (EN 12237:2003).

Os condutos e acessórios de aço galvanizado são fabricados em resistente aço galvanizado. Deve-se procurar instalar aqueles que tenham as seguintes características técnicas:

• Que garantam uma estanquidade de classe D segundo a EN 12237.
• Que sejam de montagem fácil e rápida. Existem no mercado sistemas patenteados de ranhuras de fixação sem juntas nem massa. Graças ao sistema Click montam-se sem ferramentas.
• Que garantam a máxima eficiência energética dos sistemas de ventilação.
• A chapa galvanizada deve possuir uma resistência ao fogo de duas horas a uma temperatura de 400ºC.
• Uma pressão de utilização que oscile de -5000 Pa a + 3000 Pa.

Os condutos termoplásticos, capazes de eliminar até 99% das bactérias presentes na rede de ventilação (deixando assim uma proteção permanente contra contaminantes externos). Deve-se procurar instalar aqueles que cumpram com as seguintes características técnicas:

• Resistência ao fogo segundo UNE EN 13501-1:2002: Auto extinguível B-S3, d0
• Máxima temperatura suportada: + 80ºC
• Condutividade térmica: 0.0544 - 0.0662 W/m.k
• Estanquidade segundo UNE EN 12273: Classe D
• Propriedades conduto: Antiestático e Antibacteriano

Todos os tipos, sujeitos a ensaio, devem resistir à passagem do tempo e garantir uma vida útil de mais de 20 anos.