Como melhorou a habitação nos últimos 20 anos?
superadmin
December 31, 2018
É muito comum nos meios de comunicação que, ao falar das melhorias na habitação nos últimos anos, se mantenham sempre no aspecto económico. O investimento imobiliário e a dança de preços. Mas isso é apenas um detalhe de um setor - o imobiliário além do de construção - que têm consolidado grandes mudanças nos últimos tempos. Sobretudo, nas duas últimas décadas.
Há dez anos, o setor imobiliário vacilou e sofreu uma crise que afetou enormemente a Espanha. Nesta década, no entanto, a construção soube adaptar a habitação a um tempo mais condizente com o que nos toca viver. Fala-se na revalorização do mercado, e até de novas bolhas, mas não podemos ignorar as grandes mudanças nos imóveis nestes anos.
Eficiência energética, estanqueidade, ventilação eficiente, climatização de baixo custo e, por suposto, a Edificação de Consumo Quase Nulo. Tudo isso num quadro de ecologia que transformou o setor, à luz do Código Técnico da Edificação e suas novas diretrizes. Hoje em dia não basta construir, tem-se de fazer de maneira eficiente.
Podemos falar de duas mudanças principais na maneira como concebemos os imóveis. A primeira refere-se a esta década que começou com o início da crise. Neste tempo, o setor da habitação apostou num valor acrescentado na maneira de construir e em cortar o enorme gasto dos edifícios.
Mas não podemos ignorar a década anterior à crise, em que o boom da construção e a altíssima demanda criaram um novo panorama, que também se notou na transformação dos imóveis. Assim, tendo em conta este novo panorama, quais melhoras na habitação se viveram nos últimos 20 anos?
Principais melhorias na habitação nas duas últimas décadas

A habitação transformou-se para melhor nas últimas duas décadas, e isso é em parte pela desaceleração do setor, que obrigou a melhorar a eficiência e oferecer um maior valor acrescentado. Como exemplo, em 2008 consumiam-se cerca de 50.000 toneladas de cimento para abastecer a economia do tijolo. Atualmente, essa cifra estabilizou-se em cerca de 10.000 toneladas, algo muito mais razoável.
Também estes dias vendem-se mais casas e oferecem-se mais hipotecas -desde 2015 que há aumentos anuais de até dois dígitos-, entre as quais se incluem as hipotecas energéticas, uns tipos de empréstimos hipotecários que saem mais económicos se se aposta por construções de alta eficiência energética.
Porque, sem dúvida, a grande mudança foi a aposta pela eficiência energética na edificação. Isso em parte se deve ao fato de que o consumidor se reavaliou também o papel de sua casa. Anteriormente, a habitação era o lugar onde se residia. Hoje, com o aumento do tempo dentro de casa, o conforto aumentou. E, neste caso, o conforto térmico é primordial. Em parte porque é o que nos faz sentir melhor em casa, e também pelos benefícios que tem para nossa saúde.
Quais são as principais mudanças e melhoras na habitação nestas décadas?
- Aposta pela eficiência energética, em vez de pela redução de custos. Já não basta obter o menor custo, mas deve-se garantir a sustentabilidade dos edifícios. Isso, em parte, tem sido impulsionado pela preocupação dos governos e, na Espanha, pela normativa do CTE. A estanqueidade nos edifícios fez com que a energia necessária seja menor.
- A aposta pela salubridade nos interiores é muito maior atualmente. Já não basta ter uma ventilação natural, mas os edifícios de nova construção precisam de um sistema de ventilação pelo menos híbrido. Com isso, a renovação do ar evitou que a umidade ou o ar viciado se estabeleçam em nossas casas. Esses sistemas de ventilação mecânica, além disso, nos servem para melhorar as temperaturas em interiores.
- Os novos edifícios abandonam os espaços pequenos, os elevadores diminutos e a escassez de áreas comuns. Precisamente, muitos edifícios optam atualmente por espaços para os proprietários que lhes permitem depender menos dos exteriores. Áreas de estudo, parques infantis e até piscinas são mais habituais em edifícios de nova construção.
- Face à eficiência energética e à sustentabilidade na construção, os edifícios começaram a utilizar mecanismos energéticos e recursos provenientes de fontes ecológicas, como pode ser a captação de água da chuva para uso sanitário ou a utilização da energia solar. E até de meios mais avançados, como a geotermia ou a aerotermia.
- Os espaços e as divisões ganharam em otimização, sobretudo nas grandes cidades e nos núcleos urbanos mais densos. Essa otimização não só oferece mais espaço habitável nos mesmos metros quadrados -ignorando áreas mortas-, mas também melhora a eficiência energética ao abandonar espaços difíceis de climatizar. Neste aspecto, também se tem mais em conta do que nunca a situação do edifício em relação ao vento ou ao sol para melhorar o consumo energético, graças à utilização dos recursos naturais.
- Abandonaram-se muitos dos materiais de construção tradicionais que eram contaminantes, pouco ecológicos na sua extração ou que não resistiam ao passar do tempo. A normativa ajudou muito neste aspecto, já que a intervenção de políticas públicas era necessária.
- O design passou a ser uma peça fundamental em toda habitação, assim como em tudo que nos rodeia. Já não basta aquilo que é confortável ou funcional, deve ser agradável para que possa convencer os compradores.

As melhorias na habitação nos últimos 20 anos são sobretudo notáveis no âmbito da eficiência energética e do consumo de suprimentos na casa. Em parte é necessário já que a pobreza energética tornou-se uma realidade estabelecida. Não só devido à falta de recursos económicos, mas também pelo forte aumento das tarifas de luz e gás, que podem fazer com que toda casa que não seja sustentável acabe em situação de emergência por consumo elevado.
É bom lembrar que as mudanças em eficiência energética andam de mãos dadas com as de salubridade nos edifícios, e todas elas têm sido impulsionadas no Código Técnico de Edificação por meio do Documento Básico HS3. Nele reúnem-se as medidas necessárias para todo edifício de nova obra ou frente a uma reforma para se adaptar às necessidades atuais.
Quais melhorias são as principais em eficiência energética em edifícios?
Siber Ventilação
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