Construção e eficiência energética, à procura do consumo quase nulo
superadmin
December 10, 2017
Em demasiadas ocasiões, as mudanças na forma de trabalhar em construção e eficiência energética não se cumprem até que alguma Lei premie a sua aplicação ou force o setor a que sejam implementados. Em Espanha pode-se ver claro com o padrão Passivhaus, do qual se tem falado muito nos meios mas cuja aplicação não chega a 1% da construção nova no país.
No entanto, em Espanha estamos prestes a ver uma mudança muito importante que afetará a desejável união entre construção e eficiência energética. Trata-se da obrigação de que todas as construções de caráter público sejam de "consumo quase nulo" antes de que acabe 2018. Dois anos mais tarde, todas as construções privadas também terão que ser.
Desta forma, o setor da construção será obrigado a dar uma mudança de rumo em direção à sustentabilidade. E isso supõe um grande desafio para as construtoras, mas também um benefício para os cidadãos e a sociedade.
Direta e indiretamente, considera-se que aproximadamente 40% do que se gasta em energia procede da construção. Assim, é necessário apostar na eficiência energética e consumir o justo e necessário. Agora, no setor da construção será obrigado a trabalhar neste consumo eficiente.
O que é "consumo quase nulo" em construção e eficiência energética?

Para alcançar o objetivo do "consumo quase nulo", toda a normativa teve que se adaptar a este critério de construção e eficiência energética. O regulamento foi mudando, mas nos estudos de acompanhamento da União Europeia foi detetado que não teve sucesso esta forma de edificar. Porque era optativa, mais do que nada, e não existia obrigatoriedade.
Para que se levante um edifício de consumo energético quase nulo devem ser tidos em conta vários processos. A demanda energética, quase na sua totalidade, deverá ser satisfeita com renováveis, e todas as estratégias devem estar conectadas. Estas são as principais:
- Cortar a climatização. A primeira coisa a fazer é utilizar tecnologias de arquitetura passiva. Isso fará com que a necessidade de ar condicionado no verão e de aquecimento no inverno sejam muito menores. A intenção é que o edifício seja capaz de se adaptar ao ambiente e não ser afetado pelas mudanças de temperatura. Para isso, devem ser utilizados materiais específicos, instalar camadas de isolamento, montar vidros isolantes e muito mais. Também é importante a orientação do edifício.
- Menos iluminação. O consumo em luzes equivale a mais ou menos uma décima parte do total da despesa, assim que a iluminação natural deve ser prioritária. Também deverão ser instalados sistemas de controlo contra incêndios e sensores que regulem o acender e apagar das luzes.
- Menor demanda de ventilação. 30% do consumo energético de um edifício provém da ventilação. Por isso, os sistemas de ventilação devem interagir de forma adequada. É por isso que, frente aos métodos tradicionais, para potenciar a eficiência energética a ventilação de duplo fluxo ganha maior importância.
Este tipo de melhorias, junto a outras como que os sistemas de ventilação instalem motores que cumpram com os requisitos da sustentabilidade, conseguirão que as necessidades de fornecimentos diminuam. Agora mais do que nunca, podemos dizer que construção e eficiência energética são o presente e já não apenas o futuro.
Siber Ventilação
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