Como renovar o ar com critérios de eficiência energética: ventiladores

A renovação eficiente do ar poluído do interior de um edifício passa necessariamente por realizar a extração de ar desde os locais húmidos (cozinhas, casas de banho e sanitários) e infiltrar ar limpo proveniente do exterior nas zonas mais secas como são as salas de estar e os quartos. O Código Técnico da Edificação exige a utilização de sistemas de ventilação que garantam a qualidade do ar interior. Para isso é necessário empregar ventiladores (grupos VMC) que extraem o ar poluído e provocam a entrada de ar fresco por depressão, ou bem impulsionar ar fresco e evacuar o ar viciado por sobrepressão. Estes sistemas de ventilação, incorporam equipamentos e elementos que variam em função da tipologia do edifício sobre o qual se atua, seja uma habitação, um edifício de escritórios, uma escola ou um centro hospitalar.

Tipologias de ventiladores (VMC) para cada instalação:

• Habitáculos: o CTE HS 3, assinala claramente que o ar no interior de um habitáculo deve circular desde os locais secos para os húmidos. Portanto os quartos e as salas de estar devem dispor de aberturas de admissão, enquanto que os sanitários, as cozinhas e as casas de banho têm aberturas de extração. As salas de refeições, os quartos, as cozinhas e as salas de estar devem dispor de um sistema complementar de ventilação natural. São especialmente recomendáveis os sistemas de ventilaçãou00a0capazes de gerar conforto térmico de uma forma eficiente, ou seja com o máximo de economia energética. Para isso é necessário que no inverno se recuperem as calorias do ar viciado extraído da habitação, graças à intervenção de trocadores térmicos que mantêm constante a temperatura interior. No verão o ar novo que entra na habitação é arrefecido com o ar viciado que é extraído graças à intervenção destes trocadores.

• Escolas: as crianças são mais sensíveis que os adultos ao serem afetadas pela respiração de um ar poluído, devido a que inalam um volume de ar maior em relação ao seu peso corporal. Por isso o RITE exige nas escolas um sistema de ventilação para as salas de ensino. Neste tipo de edifícios é especialmente importante adaptar os caudais da renovação de ar à ocupação real dos locais para conseguir um funcionamento eficiente da instalação. Para isso podem ser utilizados detectores de presença que permitem uma economia energética próxima dos 35 % nos caudais de renovação do ar. Os captadores de CO2 também podem ser muito úteis uma vez que proporcionam uma economia energética muito alta, próxima dos 70 %.

• Escritórios: a ventilação de um edifício de escritórios tem uma grande repercussão uma vez que incide diretamente sobre a saúde e a produtividade dos trabalhadores. Assim o recorda frequentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso se demanda cada vez mais a construção de edifícios inteligentes, que são aqueles capazes de ser saudáveis e respeitadores do meio ambiente, e ao mesmo tempo serem geridos de uma forma sustentável. Melhorar a qualidade do ar interior, costuma entrar em conflito com a eficiência energética da instalação, uma vez que costuma vincular-se ao aumento da taxa de ventilação (caudal de ar introduzido desde o exterior). Nos edifícios de escritórios podem-se conseguir ambos os objetivos mediante o uso de tecnologias de monitorização capazes de conseguir um ar interior de qualidade com custos operativos muito baixos.

• Hospitais: esta tipologia exige uma especial atenção no tratamento do ar para garantir a saúde dos seus usuários. Os riscos derivados de um excesso de ar poluído nestes centros são muito variados e vão desde a aparição de infeções como as nosocomiais até surtos de tuberculose. Na hora de desenhar e instalar um sistema de ventilação em um hospital tornam-se necessários os tratamentos de esterilização de ar com emissores UVGI em blocos operatórios, fan-coils, indutores e condutas de climatização. Além disso, os filtros de polarização ativa facilitam a economia energética no consumo de eletricidade e reduzem os gastos de manutenção.